sexta-feira, 21 de maio de 2010

Delírio flutua



De um prédio, com o olhar de quem vê de cima sente tonturas,
O vento assovia nos cabelos de uma Mancebo
Ela o sente, respira tornados corpo à dentro

...um passo à frente...

Menina de cabelos medusados não percebe
a pista
o trânsito
os carros
debaixo dos pés

...um passo à frente...

E a mente voa no ar...
com visões concretas concretas
e um além-corpo flutua no recife
A mente no ar percorre o marco zero,
bebe rios de vinho de péssima qualidade
enche seu libido, lá o mar é profundo!
tenta se ver mais, muito mais, abaixo.
Os concretos da praça do arsenal parecem ser mais em baixo.
o olhar segue...
cachos sobre a cabeça, olhos no chão e não destribui lírios

[Língua em muitas árvores que nem sempre dão frutos, mas possivelmente podem dar sabores.]

Essa mancebo voa e bate na porta de casa

...um passo à frente...

O vento Longínquo que já assovia nos cachos
agora passa pela janela acenando como se soubesse de onde veio
o vento trás um cheiro...
cheiro de um mortal delírio
                                         ...lírio
                                                       ...rio...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Elefante branco,

Dia desses sabe onde por onde passei?
Na RUA DA AURORA!
Testemunha de tantas Alegrias, tristezas, desabafos e, cá entre nós? “Perseguições” também (kkkkkk).
Lá onde o sol ilumina todos e, o vento carregado de maré invade o olfato; duas garotas sonhadoras respiravam o sabor de uma amizade. [Muitas vezes, depois de horas de prosa no quiosque da escola, as meninas se faziam estacadas perto do “CARANGUEJO GIGANTE”] uma; amante das Letras e a outra, delirante Historiadora.
Por um instante percebi que o sol continua lá, nascendo com seu esplendor; como que por instinto, meus olhos ousaram olhar para o lado e não te viram [só tinha sol e vento, por hora, sem sentido algum].
Ei, D. amante de MUSE, meu carinho e respeito por você transcende meu orgulho de recados e telefonemas que mandei {não respondidos} e arrisca solfejando baixo e lentamente: -naquela fresta de nostalgia, senti sua falta.
Daí, peguei minha “Elephant Gun” e disparei contra meu silêncio,minhas dúvidas, meu orgulho e meus tambores; se eles morreram?
-NÃO! Meus tambores não morrem, assim como os outros cá dentro, mas adormeceram e escrevo baixo para não acordá-los. Do lado de fora de mim o sol rompe o céu e seus raios acordam os que dormiam, doam luz para todos novamente... porém ...na RUA DA AURORA... as garotas sonhadoras não estão LÁ!

Olhos mundanos

Olhos Brasantes!
Olhos vermelhos!
Se desviam e ninguém percebe
Penetram mundanamente num corpo.
De tão voluptuosos, os olhos,
Sentem a fome que merecem
Clamam pela carne e a textura de um fogo.
Olhos de veias Dionísicas
Retém um pouco de sangue em si,

Personificam
as coisas,
Transformam objetos em homens selvagens e Deusas seminuas
Fazem da brevidade, sua eterna luxúria.
Olhos que não morrem e, intensamente:
Se ABREM
Se CARNE(M)
Se COISA(M)
Se FECHAM...

Mosaico de Carnaval




Em meio ao culto a Dionísio: 24

O Toque...

As Bocas...

Deuses conspiram sempre; CONTRA OU À FAVOR

Carne, um pedaço

Calor profundo

Coração USADO

Passageira Paixão.

Acesa

Sem Força

Frieza

Durante um terço da gestação...

Sem Fim.