sexta-feira, 21 de maio de 2010

Delírio flutua



De um prédio, com o olhar de quem vê de cima sente tonturas,
O vento assovia nos cabelos de uma Mancebo
Ela o sente, respira tornados corpo à dentro

...um passo à frente...

Menina de cabelos medusados não percebe
a pista
o trânsito
os carros
debaixo dos pés

...um passo à frente...

E a mente voa no ar...
com visões concretas concretas
e um além-corpo flutua no recife
A mente no ar percorre o marco zero,
bebe rios de vinho de péssima qualidade
enche seu libido, lá o mar é profundo!
tenta se ver mais, muito mais, abaixo.
Os concretos da praça do arsenal parecem ser mais em baixo.
o olhar segue...
cachos sobre a cabeça, olhos no chão e não destribui lírios

[Língua em muitas árvores que nem sempre dão frutos, mas possivelmente podem dar sabores.]

Essa mancebo voa e bate na porta de casa

...um passo à frente...

O vento Longínquo que já assovia nos cachos
agora passa pela janela acenando como se soubesse de onde veio
o vento trás um cheiro...
cheiro de um mortal delírio
                                         ...lírio
                                                       ...rio...

4 comentários:

  1. belo é ausentar-se com delírios...

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  2. [Língua em muitas árvores que nem sempre dão frutos, mas possivelmente podem dar sabores.]

    Os sabores sim, são interessantes...
    Essas letras aí grafadas me causam efeitos
    Isso é poesia.
    Perfeito, você me deixa surpresa, e as vezes com a intuição que não te conheço nada...
    É gosto disso.

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  3. muito bom1essa mancebo seria vc neh?rs fikou muito legal bebe! du karai me orgulho de lhe conhecer
    te amo minha linda bjx!

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  4. samuh, se essa mancebo seria eu?! rs 'Será'? digamos q ela tenha uma essência minha ... ;)

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